Você,
Fernando,
Uma
pessoa sempre tão agradável,
Agora
esgueirando-se
Meu
quarto sentindo animais velhos,
Recheado
com história pessoal
Mas
sem palavras.
Você,
Fernando,
Uma
pessoa sempre tão compreensiva
Do
meu mau português,
Agora
comentar duramente
Quando
me esqueço de um verbo,
Ou
sorrir desdenhosamente,
Quando
eu choro.
Você,
Fernando,
Uma
pessoa com seu tronco tão cheio de membros cortados,
Partes
de corpo sem sangue
De
pensamentos e personagens,
Muito
parecido com o meu,
Devo
beber minha morte
como
o seu?
Tu,
Fernando,
Uma
pessoa sempre quebrando fronteiras,
Quanto
vai sua mente libertação,
Quanta
cor
Pode
a lua puxar de telhados de telha,
Quanto
tempo um coração
Ser ouvido após a morte?
Ser ouvido após a morte?
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